A atenção-plena, ou mindfulness, no contexto da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) consiste em uma prática meditativa secular, caracterizada por uma atenção sem julgamento. Foi sistematizada por Jon Kabat-Zinn que, a partir do contato com a filosofia oriental, organizou os primeiros programas de meditação mindfulness.
No Brasil, tem-se observado uma disseminação significativa das práticas meditativas no âmbito da saúde e da clínica psicológica. Esse é um fenômeno positivo, dado o baixo custo e eficácia já observada em diversos problemas médicos e psicológicos, mas que requer cuidado para que não seja entendida como uma prática ou técnica milagrosa que dispensa o cuidado diagnóstico e técnico.
Entende-se que a mindfulness ajudam a focar no momento presente, sem deixar o passado ou o futuro te afetarem, tornando sua mente mais desperta e saudável, sendo sua aliada. O objetivo do mindfulness é sair desse estado de falta de consciência e viver uma vida consciente do momento presente, dos seus sentimentos e sensações.
Enquanto prática promove uma série de benefícios ligados ao controle da ansiedade, regulação emocional, entre outras possibilidades, mas que, ao ser inserida no contexto clínico, precisa considerar o projeto terapêutico elaborado para cada paciente.
A prática de mindfulness pode auxiliar o paciente a estar plenamente atento ao desconforto, sem tentar diminuí-lo ou aumenta-lo, apenas consciente de que aquilo é uma sensação que aumenta e diminui conforme os segundos e os minutos vão passando. Um importante aliado é o treinamento da consciência na respiração, que é a âncora ideal para nos manter no foco presente, uma vez que está correndo a todo o momento, sendo uma variável perceptiva e de fácil acesso.
Livro: Avaliação e intervenção na clínica em terapia cognitivo-comportamental.
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