Instabilidade de humor, impulsividade e irritabilidade são algumas das principais características de quem sofre com o Transtorno de Personalidade Borderline. A patologia ainda costuma acometer o paciente com comportamentos autodestrutivos e antissociais.
Embora não tenha origem única estabelecida, o TPB começa a mostrar os primeiros sintomas na adolescência, quando a personalidade está em formação. Por não conseguirem ficar sozinhas, as pessoas que têm o distúrbio mental tentam de todas as formas evitar o abandono, podendo apelar a extremos, como tentativas suicidas.
Esse sentimento de negligência também pode provocar medo intenso ou raiva. Com a tendência de idealizarem as pessoas próximas, o primeiro sinal que notam de desinteresse da outra parte causa extrema desilusão e a mudança do ponto de vista em relação aos outros pode ocorrer de forma dramática e abrupta. Essa característica reflete o pensamento maniqueísta de polarização do bem e do mal.
Sem controle sobre suas emoções intensas, o border tem explosões de raiva e irritação ao ser contrariado ou sentir frustração por algum motivo e sua impulsividade comumente leva à automutilação. Ele também costuma se autossabotar e suas alterações súbitas de humor podem durar algumas horas e, raramente, permanecem por dias a fio.
CAUSAS
Infâncias conturbadas costumam ser relatadas por pacientes que apresentam o Transtorno de Personalidade Borderline. Por isso, abuso de cunho emocional, verbal e sexual nesse período, assim como outros traumas, podem ser fatores desencadeantes da doença. Também há evidências de que a patologia pode estar ligada à genética. De modo que parentes de primeiro grau de pessoas acometidas com o distúrbio são cinco vezes mais propensas a desenvolvê-la.
Ainda há evidências da contribuição de distúrbios nas funções reguladoras dos sistemas cerebrais e de neuropeptídeos no aparecimento do distúrbio mental. Visto que os indivíduos com TPB possuem a parte do cérebro que regula as emoções menores e mais ativas, sendo reduzida também a porção cerebral responsável pelo autocontrole.
QUALIDADE DE VIDA
Tecnicamente sem cura, o Transtorno de Personalidade Borderline costuma diminuir seus sintomas nos pacientes a partir dos 30 a 35 anos e tende a desaparecer depois dos 40 anos. No entanto o tratamento é fundamental para a qualidade de vida do indivíduo, visto que o distúrbio se mostra ainda na juventude.
O diagnóstico do TPB é feito por meio da descrição do comportamento da pessoa junto à observação do psicólogo ou psiquiatra. Também é importante a realização de exames fisiológicos, que ajudarão a descartar outras doenças que apresentam sinais semelhantes.
Comprovada a presença do distúrbio, o tratamento principal é a psicoterapia, que trabalha a maturidade emocional do paciente. Entre as intervenções psicoterapêuticas adotadas nesses casos, a Terapia do Esquema (TE) e a Terapia Comportamental Dialética (DBT) têm se mostrado muito efetivas. Somado à terapia, o uso de fármaco é feito conforme indicação médica. A internação hospitalar ajuda em casos mais graves.
Fonte: https://www.sinopsyseditora.com.br/blog/borderline
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