A raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente- TEI

A raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente- TEI

A raiva é uma das emoções humanas básicas. Uma resposta física e mental a uma ameaça ou prejuízo. Um episódio de raiva pode se dissipar de forma rápida e inofensiva ou evoluir a ponto de a pessoa emitir comportamentos com sérias consequências. É causada por uma combinação de fatores, como um evento desencadeante (gatilho), a personalidade e a avaliação individual de uma situação (interpretação dada a um evento).

A raiva pode ser sentida em três níveis: pensamentos, palavras e atos. Dessa forma, o estado de raiva pode variar desde um leve aborrecimento até uma forte ira que é acompanhada pela estimulação do sistema nervoso autônomo.

A emoção de base do TEI é a raiva. Seus portadores frequentemente vivenciam elevados estados de raiva e apresentam falha no controle da expressão de tal sentimento, resultando em comportamentos agressivos habituais e de intensidade desproporcional à situação vivenciada. Estas pessoas são, muitas vezes, conhecidas como “pavio curto”.

Os comportamentos não são premeditados e, após as explosões agressivas, seus portadores demonstram arrependimento, culpa ou vergonha na maior parte das vezes. Podem ocorrer em qualquer ambiente (familiar, profissional, social, entre outros). Está presente em mais de 3,1% da população brasileira e suas consequências geram sérios prejuízos.

O TEI é um diagnóstico classificado pelo Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-5), caracterizado por repetidos atos de agressividade impulsiva desproporcionais a qualquer provocação e não melhor explicado pelos efeitos de uso de substância, condição médica ou outro distúrbio psicológico.  Para o diagnostico considera–se a severidade da expressão agressiva, bem como frequência das explosões, que devem acontecem ao menos duas vezes semanais durante um período mínimo de 3 meses.

O processo psicoterapêutico pode ajudar pacientes com TEI, através de técnicas com o objetivo de controle de impulso, regulação emocional, identificação e questionamento de pensamentos disfuncionais. Não deixe de procurar ajuda profissional.

Livro: Avaliação e intervenção na clínica em terapia cognitivo-comportamental.

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