A ansiedade também é um comportamento?

A ansiedade também é um comportamento?

A cada dia, a ansiedade tem se tornado um dos temas mais abordados entre os profissionais da Psicologia. Além disso, esse estado emocional tem sido citado entre as pessoas de uma forma geral para justificar algumas atitudes. Todos nós já ouvimos alguém falando “hoje comi uma barra de chocolate porque estava ansioso”, “estava ansioso quando fui ao shopping e gastei além do limite do meu cartão”, “meu filho não dormiu no dia anterior ao passeio do zoológico, porque estava muito ansioso para o dia chegar!”.

O comer emocional acontece quando, por exemplo, você está super ansioso(a), corre para a geladeira e pega aquele chocolate ou pede um hambúrguer com o intuito de aliviar esse desconforto, que é a ansiedade. Isso significa, então, que a fome emocional ocorre só quando estamos ansiosos(as)? Claro que não! Ela pode acontecer com QUALQUER emoção que te faça sentir desconfortável! É muito comum que as pessoas comam de forma emocional quando estão tristes, ansiosas, chateadas e estressadas. No geral, essas são emoções que causam desconforto e que a maioria das pessoas não sabe como lidar, via de consequência, quando presentes, fazem surgir o comer emocional.

Portanto, como trabalhar com os clientes ansiosos? Para a Análise do Comportamento, a ansiedade, assim como os outros sentimentos também são considerados comportamentos, ou seja, não existe uma relação de causa e efeito como foi citado no primeiro parágrafo. Tal relação mentalista é aprendida pela sociedade e dificulta bastante o trabalho na clínica, pois é preciso desconstruir a ideia de que o sentimento causa um comportamento.

O sentimento faz parte do comportamento, ou seja, da relação organismo e ambiente. Skinner (1953) cita Willian James para explicar que são as circunstâncias externas que levam o indivíduo a sentir e que o sentimento o leva a iniciar a ação apropriada. Dessa forma, “nos sentimos tristes porque choramos, irados porque lutamos, medrosos porque trememos, e não que choramos, lutamos, ou trememos porque estamos tristes, irados, ou medrosos”.

Os relatos dos clientes com ansiedade referem-se a um estado emocional desagradável que envolve excitação biológica ou manifestações musculares, tais como taquicardia, hiperventilação, sensação de sufocamento, tontura, sudorese, tremores. (Gentil, 1998).

Você percebe algum desses sinais? Ou se identificou com algum exemplo? Procure ajuda profissional, você pode aprender a lidar com a ansiedade.

Fonte: Ansiedade: o que a mantém? – Portal Comporte-se

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